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Bem Vindo a Sarajevo

Com as férias acadêmicas chegando, podemos ir preparando a lista de filmes que iremos assistir até a volta às aulas. Um longa-metragem que eu recomendo é “Bem Vindo a Sarajevo”, do diretor Michael Winterbottom.

O filme é baseado em fatos reais de jornalistas que cobriam a guerra da Bósnia. Mesmo com o país em guerra uma nítida boa vida dos jornalistas chama a atenção para quem assiste. Com pessoas morrendo fora do prédio da emissora e do hotel, os jornalistas viviam com inúmeras regalias.

Michael Nicholson, jornalista norte americano, vai contra a maré e adota uma garota bósnia-mulçumana. Emira é uma das crianças sobreviventes da guerra e Michael adquire um especial carinho desde a primeira vez que a viu. Michael com a esperança de salvá-la daquele tumulto que o país vivia consegue a liberação para trazê-la para os Estados Unidos. Após conseguir a adoção de Emira chegam aos Estados Unidos e já em seu país Michael procura pela esposa que aceita com ele dar uma nova família à criança. Os três passam anos juntos.

Nos EUA, Emira aprende o inglês, mas não esquece o bósnio-croata, ganha festas de aniversário e o mais importante uma vida nova.

Após uma calma na guerra os amigos e companheiros de profissão de Michael conseguem contato com o jornalista para informa-lo que a mãe de Emira havia aparecido e procurado pela criança. Michael então viaja de volta para a Bósnia e lá se encontra com a mãe biológica da criança que não falava inglês. Na única conversa que tiveram, Michael liga para sua casa nos EUA e fala para Emira que sua mãe gostaria de falar com ela, as duas não vão além do “alô, tudo bem com você?”.

Depois de ouvir a voz da filha, a mãe de Emira desliga o telefone e diz em bósnio-croata que dá sua filha a Michael, a pessoa que intermediava a conversa entre os dois traduz e o jornalista apenas consegue dar os papéis da adoção para a mãe assinar.

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O filme em si não é como os longas hollywoodianos que estamos acostumados a ver. É gravado e editado meses após o término dos combates durante o ano de 1996, os cenários de destruição que vemos foram reconstruídos para dar mais aparência de guerra, porém não deixam de ser reais. Durante a narrativa cenas reais do terror que o país viveu são exibidas assim como também matérias veiculadas na televisão.

OPINIÃO – O filme para nós jornalistas revela o prazer de que podemos sim salvar o mundo. Os personagens de Michael, Emira e sua esposa são extremamente importantes para a história do longa. Michael por ser o jornalista que acredita que pode ajudar a salvar alguém de uma perda da essência da vida; Emira por batalhar por um futuro melhor e a esposa de Michael por acreditar nos seus sentimentos e também do marido que poderiam juntos salvar uma vida.

Vale ressaltar que foi durante a guerra da Bósnia que a ONU adotou a utilização de uma tropa mundial para auxiliar territórios em guerra pelo mundo a fora.

A história deste filme também é retratada no livro Natasha’s Story.

Por Cesar Gouveia

Leia também:

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– Filme: Scoop – o grande furo

– Livros que podem apurar sua visão jornalística

Perfil de Cesar Gouveia

Cesar Gouveia

Cesar Gouveia, 22 anos, estudante de jornalismo (4º semestre) na FAPCOM, estagiário em comunicação na FUNSAI (Fundação Nossa Senhora Auxiliadora do Ipiranga), apresentador e repórter do programa Comunidade Conectados na Rádio Web Conectados. Apaixonado por jornalismo e por transmissões de futebol. Assim como Gabriel Garcia Marquez diz, tudo é questão de despertar sua alma, acredito eu que, inclusive, escrever.

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