Neste sábado, dia 2 de setembro, celebramos o Dia do Repórter Fotográfico. A data é uma homenagem aos profissionais que registram narrativas através da fotografia, documentando pautas importantes da sociedade.
A profissão de repórter fotográfico criou suas raízes na comunicação em 1880, quando o jornal Daily Herald, em Nova Iorque, revolucionou a formatação padrão e colocou uma foto para estampar a notícia do dia. A partir desse fato, a fotografia ganhou cada vez mais espaço dentro do jornalismo, tornando-se hoje, um recurso visual de extrema relevância.
O que é o fotojornalismo?
O jornalismo possui diversas vertentes e, com isso, uma variedade de opções para o público se especializar. Por meio do fotojornalismo, o repórter consegue levar informação a partir de uma imagem, privilegiando a linguagem fotográfica na hora de apurar um fato.
Uma matéria jornalística deve ser direta e comunicar com eficiência ao leitor a mensagem principal. Essas características englobam texto e imagem. Por isso, os elementos que compõem a notícia devem se manter fiéis à fonte para evitar que o leitor tenha dúvida do que está sendo retratado.
Segundo o texto publicado no livro “Crítica das Práticas Jornalísticas” (editora UFSM, 2021), da jornalista Júlia Capovilla, “não por acaso, ao longo da história, o jornalismo adotou tal premissa na tentativa de eliminar o caráter subjetivo das notícias, isto é, a objetividade passou a ser encarada como um processo que deveria ser seguido à risca para se chegar à verdade dos fatos”.
E para a fotografia jornalística não é diferente: é preciso manter uma narrativa que não fuja do propósito da matéria, preservando os contextos de cenário, personagens e objetos fundamentais que retratam com precisão a pauta.
A fotografia como elemento de poder na comunicação
Com o avanço das redes sociais e a fácil repercussão de imagens, é importante realçar a responsabilidade ética e social do fotojornalista. No livro “Sobre Fotografia” (editora Companhia das Letras, 2004), da escritora Susan Sontag, é possível compreender o valor da imagem na representação do factual:
“Enquanto uma pintura, mesmo quando se equipara aos padrões fotográficos de semelhança, nunca é mais do que a manifestação de uma interpretação, uma foto nunca é menos do que o registro de uma emanação (ondas de luz refletidas pelos objetos) — um vestígio material de seu tema, de um modo que nenhuma pintura pode ser.”
Algumas das principais áreas de atuação do fotojornalismo são: a Fotografia Esportiva; a Fotografia Social; a Fotografia Policial; a Fotografia Cultural; a Fotografia Documental.