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Sociedade de consumo e Aldeia Global

Aldeia Global

Na época em que frequentava o ambiente acadêmico, ouvia muito nas aulas de sociologia – pois é, caso você tenha interesse de ingressar em jornalismo ou em alguma área de comunicação, terá de passar por essa etapa, querendo ou não – sobre Aldeia Global, teoria intitulada pelo canadense e teórico da comunicação Marshall McLuhan, que buscou compreender o que se passou durante a evolução do homem, seu esforço em desenvolver-se e adaptar-se ao mundo e às suas necessidades.

O conceito empregado por McLuhan nos remete a pensar sobre a rápida popularização dos meios de comunicação. O fato que nos faz observar que o autor dessa teoria já previa o uso de aparelhos eletrônicos da mais alta capacidade de processamento de dados 30 anos antes de serem inventados e consumidos pela massa.

A tecnologia da informação, tema de um de seus livros (A Galáxia de Gutemberg), é capaz de afetar a totalidade dos indivíduos dentro da sociedade, o que nos leva a idealizar, junto com McLuhan a reinvenção das pessoas através dos avanços dos meios de comunicação que possuem o poder de instruir, moldar opiniões e expressar aquilo que seus leitores desejam absorver.

Atualmente inseridos nessa Aldeia Global, estamos sujeitos a sermos alimentados 24 horas por dia de informações, fato que nos torna consumidores em potencial desse produto.

O recente atentado ocorrido em Paris, no qual um grupo extremista muçulmano invadiu o jornal satírico “Charlie Hebdo” e assassinou cerca de 12 pessoas, sendo sete jornalistas do veículo responsável por satirizar líderes governamentais e religiosos e seus ideais, nos remete a outra obra de McLuhan (Guerra e Paz na Aldeia Global), na qual o autor afirma que a tecnologia eletrônica pode estimular mais descontinuidade, diversidade e divisão, em comparação à sociedade mecânica antiga.

Até mesmo a Aldeia Global, dentro de seu ambiente, sofre com interferências e divisões que muitas vezes, podem passar dos limites, a ponto de homens encapuzados entrarem de supetão em uma agência de notícia e aniquilar as vidas de jornalistas que apenas faziam seu trabalho de comunicar os fatos, mesmo que do ponto de vista mais irônico possível.

A tendência daqui para frente – ou como sempre foi desde a chegada dos computadores – é de que aumentemos a demanda de dados, a fim de sustentarmos a tese do “ambiente universal de fluxo eletrônico simultâneo”, em meio a Globalização de ideias, onde haja um espaço de convergência que permita a evolução tecnológica desenfreada, mantendo uma comunicação direta e sem barreiras, proporcionando cada vez mais “um mundo interconectado por mídias de massa” estruturando e dando prosseguimento a uma cultura global.

Por Leandro Massoni.

Perfil de Leandro Massoni

Leandro Massoni

Leandro Massoni é graduado em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Paulista – Unip, desde 2012. Sua primeira experiência na área foi como estagiário de produção da Revista Eletrônica Domingo Espetacular, da Rede Record. Atualmente, é jornalista e repórter de uma agência de notícias católicas, e estuda locução na Radioficina.

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