Abel Neto fala sobre sua carreira como jornalista esportivo

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(Foto: Reprodução/Youtube)
(Foto: Reprodução/Youtube)

Em entrevista para a Casa dos Focas, o jornalista esportivo Abel Neto, contou um pouco sobre a sua vida e carreira. Além disso, o repórter ainda deixou um conselho para quem quer atuar nessa área que atrai tantos focas.

Filho de um jogador de futebol profissional e de uma jornalista, Abel Neto nasceu em Santos (SP), onde com apenas seis anos de idade aprendeu a ler. Seu pai lhe ensinou antes mesmo do pequeno frequentar a escola, o motivo: “eu queria ler as notícias esportivas no jornal. Eu sempre tive essa curiosidade, sempre tive esse gosto, essa paixão pelo esporte. Comecei a ler o jornal muito cedo. A primeira coisa que comecei a ler foi o jornal”, explicou Abel.

Do interesse em ler jornal e com o apoio dos pais, veio uma forte inclinação ao jornalismo esportivo. Mas como é comum na juventude, Abel ainda não tinha certeza se essa era realmente a sua vocação. Após terminar o colegial sentiu uma grande dúvida sobre que carreira seguir. “Eu pensava em fazer psicologia ou jornalismo. Prestei para as duas cadeiras e acabei passando em jornalismo”. Mas não se arrepende de ter escolhido jornalismo. “Acho que me dei bem porque até hoje eu amo o que eu faço”, disse o jornalista.

Sua carreira no jornalismo esportivo começou em 1997, com o lançamento do jornal ‘Lance’. No ano seguinte foi convidado para ser repórter na ‘TV Tribuna’, afiliada da ‘TV Globo’ em Santos. Abel cobria o dia a dia do Santos, time no qual seu pai jogou na década de 1960. Frequentemente participava de programas como o ‘Globo Esporte’ e aos poucos seu trabalho foi se destacando. Até que começou a ser chamado para cobrir a folga de alguns repórteres da ‘TV Globo’, na capital paulista. Em julho de 2000 foi convidado para trabalhar na ‘TV Globo’ em São Paulo, onde permanece até os dias de hoje, tendo feito a cobertura de vários campeonatos de futebol estaduais, nacionais e internacionais.

Dentre as dificuldades da profissão, Abel ressalta que a principal delas é a grande responsabilidade que o jornalista esportivo têm. “A gente trabalha muito, não tem feriado, não tem domingo, às vezes a gente fica longe da família. Cobrança, a pressão é muito forte, não adianta você fazer uma grande matéria hoje, se amanhã você fizer uma mais ou menos. Você tem que suar muito, tem que se dedicar muito, a pressão é muito grande e a responsabilidade também”.

O jornalismo representa muito na vida de Abel Neto. O repórter faz questão de frisar que “depois da minha família, o jornalismo é tudo para mim”. E explica o motivo. “Minha profissão, o que eu faço, é o que eu gosto de fazer. Poucas pessoas provavelmente conseguem trabalhar com aquilo que gostam. Minha profissão é o que eu gosto de fazer, eu adoro. Então significa muito na minha vida. Uma das coisas mais importantes da minha vida é o jornalismo”.

Aos que desejam se tornar jornalistas, independentemente do segmento que irá seguir dentro do jornalismo, Abel Neto aconselha que estejam o mais bem informados possível, sobre tudo, mais ou menos como um clínico geral é em medicina. No caso específico do jornalismo esportivo é claro que é necessário também um conhecimento mais aprofundado sobre o esporte. “Quanto mais você souber de esporte melhor. Por exemplo, você quer ser especialista em vôlei, você deve saber mais de vôlei que o Bernardinho. Se você quiser se especializar em futebol, você tem que saber mais de futebol do que o Guardiola e o Tite juntos”.

O jornalista conclui “é necessário estar muito bem informado, ter boas fontes, ler muitos livros, saber a história do esporte, seja qual for a modalidade que você quer seguir e ler jornal. Quanto mais informado você for, melhor para o seu dia a dia e para as cobranças que você terá na profissão”.

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