Tendo em vista as manifestações que atingem todo o Brasil, cada dia mais em pauta, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI) disponibilizou para download um “Manual de Segurança para Cobertura de Protestos“.
Desenhado especialmente para ser lido em dispositivos móveis, e elaborado a partir de entrevistas com repórteres agredidos, presos ou hostilizados durante os protestos que tomaram as ruas a partir de junho de 2013, o guia compila recomendações de diversos manuais internacionais para situações de passeatas e manifestações.
O objetivo do manual, redigido pela jornalista Clarinha Glock e editado pelo jornalista João Paulo Charleaux, é oferecer informações úteis para que jornalistas se protejam e tentem evitar ser agredidos durante a cobertura de protestos. Desde maio do ano passado, a Abraji contabilizou mais de 170 casos de violações contra jornalistas.
Em seu site, a Abraji ressalta que o manual é “puramente indicativo, que contém ‘dicas’ de segurança”, e que essas ‘dicas’ “devem ser lidas como quem ouve colegas que passaram por situações semelhantes às que o repórter pode vir a enfrentar – mas sempre deve-se ter em mente que não há regras universais que valem para todas as situações”.
A instituição ainda alerta que o “manual pode até ajudar o repórter a diminuir sua exposição ao risco, mas jamais vai eliminá-lo”. Além disso, explica que o manual “não substitui o bom senso e nem esgota as situações de risco”.
“Cada um é, em última análise, responsável por suas decisões e atitudes, que devem se adaptar às circunstâncias de cada situação. Por isso, a primeira e principal decisão do repórter é se ele se sente apto a aceitar a pauta que lhe deram”, conclui a Associação.
Versões em inglês e espanhol também serão disponibilizadas em breve com o intuito de alertar os profissionais estrangeiros para especificidades do Brasil.
Para baixar gratuitamente o PDF do Manual clique aqui.
Por Emílio Portugal Coutinho, com informações da Abraji.
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