InícioHistória do jornalismoO Infotenimento no Brasil

O Infotenimento no Brasil

(Foto: Pixabay)
(Foto: Pixabay)

O entretenimento ganha cada vez mais espaço na maneira de se fazer jornalismo no Brasil. Muitos programas do gênero estão surgindo ao longo das programações, denominados programas jornalísticos, ou seja, informação com entretenimento ou vice versa.

Os pontos fortes deste tipo de programa são os comentários opinativos dos apresentadores e repórteres e a linguagem popular. Sendo esta usada como forma de aproximação com quem esta do outro lado da tela, elevando assim os tão desejados pontinhos no ibope. É comum o uso da interatividade com o público, no qual o telespectador interage por meio das redes sociais (Facebook e WhatsApp) sobre a matéria e é exibido no ar.

Há algumas matérias totalmente sem relevância para a sociedade, como por exemplo, vídeos engraçados que são sucesso na internet entre uma notícia e outra. Isso compromete a credibilidade do programa e de quem o faz, além de inferiorizar a inteligência e o senso crítico de quem está assistindo o programa, por tratar da informação como um produto a ser vendido a todo e qualquer preço.

Em geral a divulgação de conteúdo com imagens que chocam e até estimulam a violência estão crescendo gradativamente nestes programas. E essas notícias são as mais assistidas e comentadas pelo telespectador. Esses meios de comunicação exploram esse tipo de “informação com entretenimento” a fim de lucrar.

No entanto sem audiência os anunciantes não pagariam a fortuna que pagam para divulgar seus produtos e conquistar mais consumidores em potencial. É comum ver anúncios publicitários e promoções durante o bloco entre uma e outra reportagem. Esses comerciais são feitos geralmente pelos próprios apresentadores. O tão conhecido merchandising.

O excesso é o que compromete. A audiência é importante sim, mas a forma como está sendo utilizada essa união entre entretenimento e informação é o que implica na credibilidade da informação, pois uma vez que os programas jornalísticos estão mais para entreter utilizando o humor negro ou de cunho apelativo para conseguir crescer no ibope são formados grandes espetáculos com histórias reais, no qual muitas vezes a notícia é contada como uma novela, um drama da vida real. Perde-se o fundamento principal de informar e acabam transformando a notícia em um grande espetáculo teatral. Esquecendo os princípios éticos e morais, e porque não dizer humanos…

Por Débora Santos

Perfil da Autora

Débora Santos

Sou estudante de Jornalismo, uma pessoa que acredita que para ter um mundo melhor precisamos ser pessoas melhores. Sonhadora e sem medo de arriscar busco agarrar com unhas e dentes as oportunidades que a vida me oferece. O jornalista é mais que um profissional é um amante da informação. Precisa ter faro, sensibilidade, curiosidade e amor pelo que faz.

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