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Os dez mandamentos do jornalista

Linguagem clara, apuração séria e tempo para produção de uma reportagem. Estes são apenas alguns dos aspectos apresentados no decálogo para jornalistas.

Foto: Pixabay

Com o objetivo de ajudar os profissionais da imprensa e estudantes de jornalismo a refletirem sobre a missão do jornalismo na sociedade, o jornalista e escritor argentino Tomás Eloy Martínez redigiu uma lista com dez pontos importantes que devem sempre ser lembrados.

Esta lista, também chamada de dez mandamentos do jornalista, foi traduzida por mim do original em espanhol com algumas adaptações. Destaquei os trechos que considero mais importantes em cada um dos itens desse decálogo. Confira abaixo a íntegra deste texto e comente o que achou desses dez mandamentos do jornalista.

Decálogo do jornalista

1) O único patrimônio do jornalista é seu nome. Cada vez que se assina um artigo incompleto ou infiel à própria consciência, se perde parte ou todo desse patrimônio.

2) Temos que defender diante dos editores o tempo que cada um necessita para escrever um bom texto e o espaço que necessita dentro da publicação.

3) Uma foto que serve somente como ilustração e não acrescenta informação alguma não pertence ao jornalismo. As fotos não são um complemento, mas notícias em si mesmas.

4) Temos que trabalhar em equipe. Uma redação é um laboratório no qual todos devem compartilhar suas descobertas e seus fracassos, e no qual todos devem sentir que, o que acontece com um acontece com todos.

5) Não devemos escrever uma só palavra da qual não estejamos plenamente seguros, nem dar uma só informação da qual não tenhamos plena certeza.

6) Temos que trabalhar com os arquivos sempre à mão, verificando cada dado e estabelecendo com clareza o sentido de cada palavra que se escreve.

7) Evitemos o risco de servir como veículo dos interesses de grupos públicos ou privados. Um jornalista que publica todos os boletins de imprensa que lhe dão, sem verificá-los, deveria mudar de profissão e dedicar-se a ser um simples mensageiro.

8) É necessário usar sempre uma linguagem clara, concisa e transparente. No geral, o que se diz em dez palavras sempre pode se dizer em nove ou em sete.

9) Encontrar um eixo e a cabeça de uma notícia não é uma tarefa fácil. Tampouco o é narrar uma notícia. Nunca devemos narrar algo que não estejamos seguros de que se possa fazer com clareza, eficácia e pensando mais no interesse do leitor do que no próprio.

10) Recordar sempre que o jornalismo é, antes de tudo, um ato de serviço. É colocar-se no lugar do outro, compreender o outro. E, às vezes, ser outro.

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Emílio Coutinho
Emílio Coutinho
O jornalista, professor universitário e escritor Emílio Coutinho criou a Casa dos Focas em 2012 com o objetivo de oferecer um espaço para o ensino, a reflexão, o debate e divulgação de temas ligados ao jornalismo e à comunicação em geral.
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