InícioReflexõesSemelhanças entre a Poesia e o Jornalismo

Semelhanças entre a Poesia e o Jornalismo

A distância entre o jornalismo e a poesia varia pelos olhos de quem vê. Comecemos por uma das múltiplas definições de jornalismo: Segundo Clóvis Rossi, o jornalismo, independentemente de qualquer definição acadêmica, é uma fascinante batalha pela conquista das mentes e corações de seus alvos – leitores, telespectadores ou ouvintes.

Num estudo feito pelo professor de letras Marcel Franco, ele cita a seguinte definição: Poesia é o caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Sugerir emoções por meio de uma linguagem.

Percebem alguma relação entre essas definições? Ora, sou suspeita para falar, já que sou uma poeta – perdida no mundo dos sonhos – mas tentarei estabelecer um paralelo para você que me lê.

Vejamos, se o jornalismo é uma “batalha pela conquista das mentes e corações de seus alvos”, e a poesia “é um caráter que emociona e toca a sensibilidade”, temos um ponto em comum, que se destaca de longe – o texto. É através de um conjunto de palavras que o jornalista vai passar a sua mensagem – seu conteúdo e opinião. Transmitir ideias, pensamentos se por assim dizer sensações. E na poesia? Parecido. Através de versos, também tem como objetivo passar alguma mensagem, que transmita sensações, toque corações. Um jornalista escreve com o objetivo de relatar uma informação – o poeta escreve desejando que essa informação, possa ser sentida por todos.

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Aos olhos de quem vê, no coração de quem sente

As palavras que viram versos, os versos que viram notícias

Para um profissional que trabalha com letras, tudo é válido nessa vida.

Palavras fortes, que causem impacto, amor ou dor

Uma notícia, que te faça saber sobre a atualidade,

Ou uma poesia que te faça sentir essa realidade.

Uma disputa entre a mente e o coração,

Oras regida pelo jornalista que informa,

Oras regida pelo poeta que sente.

São muitos os jornalistas que são poetas, escritores ou cronistas.

Independentemente do tipo de texto, o que vale é torná-lo palpável, compreensível e a partir dai, gerar alguma reação ou sensação. Isso torna a poesia e o jornalismo mais próximos do que se possa imaginar.

Por Regine Wilstom

Leia também: Memórias prévias de uma “quase” jornalista

Perfil de Regine Wilstom

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Regine Wilstom é como me conhecem. 21 anos é a minha idade. Estudante do 4° ano de jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do SUL (USCS) e estagiária na agência da faculdade. Através das palavras ora ditas, ora escritas, tento fazer o que sei de melhor: contar histórias. Poeta nas horas vagas, oscilo entre o mundo dos sonhos e a realidade. O factual e a ficção. A verdade é que eu escrevo sempre com uma única intenção, de tocar um coração.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Parabéns Regine, ótima reflexão. Vamos, então, aprender a trabalhar cada vez melhor com as palavras. Afinal, nessa batalha por mentes e corações precisamos mostrar a realidade, mas precisamos tocar nosso leitor. Precisamos convencê-lo de que algo precisa mudar, e isso a gente consegue com bons textos! Logo, penso que regras são boas, mas não suficientes! Um bom escriba deve ser um bom leitor, é lógico, mas tem estudante de jornalismo que se apega com regras e técnicas, esquecendo-se que em nossa área precisamos dos dois tipos de conhecimento; explícito e tácito. Um abraço e, mais uma vez, parabéns pelo texto. Continuemos

  2. Parabéns Regine! Gostei e copiei… nesta lista de “mestres da reportagem” considero muitos como bons e respeito todos, mas gosto mesmo de Ricardo Kotscho, dileto amigo e companheiro… Mas, sou apenas um velho escriba, um operário das letras, um lavrador de palavras, que faz da poesia uma forma de contar a coisa… Um forte abraço! Salve, Salve!

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